O futebol do interior respira com a "dupla JJ". Jequié e Jacobina estão de volta à elite do Campeoanto Baiano depois de disputarem uma Série B acirrada. O Jipão foi o campeão da competição após vencer o Jegue da Chapada por 1 x 0 no último domingo (6).
Diante dos torcedores que lotaram o Estádio Waldomiro Borges, em Jequié, o atacante Igor Badio marcou de cabeça para fazer história. A conquista consagrou o tricampeonato do clube, que também levantou o troféu em 1992 e 2017, e o bom trabalho do treinador Alyson Dantas - que assumiu em 12 de abril.
Pela partida de ida, as equipes empataram em 1 x 1, no Estádio José Rocha, em Jacobina, no dia 30 de julho. O Jegue chegou ao segundo vice-campeonato - o primeiro foi conquistado em 2014.
O presidente Leur Lomanto Júnior celebrou a conquista e destacou a felicidade da cidade de Jequié em poder soltar o grito de "É campeão!". "Jequié é uma cidade apaixonada por futebol. Demonstrou isso lotando o estádio e fazendo uma grande festa pelas ruas. Merece pela sua importância voltar à elite do futebol baiano."
Campanhas
A última rodada da fase de classificação ficou marcada pelo equilíbrio e pelas disputas equilibradas até os últimos minutos das partidas. Todos os quatro que avançaram à semifinal terminaram com 17 pontos na tabela.
Na caminhada rumo à taça, o Jequié somou sete vitórias, quatro empates e duas derrotas. O Jipão chegou à semifinal após conseguir a classificação antecipada na oitava rodada da primeira fase. Para disputar o tíulo, o time do sudoeste baiano superou o Grapiúna - empatou sem gols no jogo de ida, no Estádio Mário Pessoa, e venceu por 2 x 0 no Waldomirão na segunda partida.
Do outro lado, o Jacobina também fez boa campanha, com seis vitórias, três empates e quatro derrotas. Depois de conseguir a classificação para a semi no apagar das luzes, o Jegue precisou reverter o placar contra o Vitória da Conquista para chegar à final. Após perder o jogo de ida por 2 x 1, superou o adversário por 2 x 0, no José Rocha.
Rafael Damasceno está à frente do Jacobina desde outubro de 2013. Sua relação começou em 1993, ano de fundação do clube. Nascido em Jacobina, Damasceno foi gandula do time diversas vezes para assistir às partidas. Com o acesso garantido, ele festeja a conquista para sua cidade natal.
"É inexplicável. Ver a cidade parar pelo clube que você ama, ver as pessoas felizes. É uma sensação indescritível porque movimenta toda a região e a gente sente que está levando alegria para muita gente, além de levar o nome da nossa cidade para o Brasil", celebrou.