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terça-feira, 21 de novembro de 2023

Copa Indígena: quatro etnias disputam finais no Estádio de Pituaçu

 


As equipes de Tamandaré do Povo Tupinambá, Indígena Pataxó do Povo Pataxó, Tuxá Banzaê e Tuxá Ibotirama disputam, no próximo sábado (25) e domingo (26), no Estádio de Pituaçu, em Salvador, a semifinal e final da 2ª Copa Indígena de Futebol – Kwá Tepé Turusú Yapisáwa. O evento esportivo, dividido em três fases, reuniu 30 etnias da Bahia distribuídas geograficamente entre as regiões Norte, Sul, Extremo Sul e Oeste do estado.

As quatro equipes classificadas que disputarão a última etapa do torneio na capital baiana são compostas por 22 atletas cada e todos contam com transporte para deslocamento de suas aldeias até Salvador, além de hospedagem e alimentação. Cada delegação incluirá, ainda, em sua composição, oito atletas femininas, das diversas etnias, que formarão duas equipes para uma partida de exibição, antes da final masculina.

“O esporte é um direito constitucional, uma política pública e um direito de todos, todas e todes. Para os povos indígenas, que sempre viveram à margem da sociedade, a Copa tem um significado especial de inclusão social, porque mostrará à sociedade baiana a existência desses povos, e isso é muito importante, saber que essas etnias têm suas culturas e a sociedade terá a oportunidade de assistir”, comemorou a superintendente de Políticas para os Povos Indígenas, Patrícia Pataxó.

Os portões do Estádio Roberto Santos (Pituaçu) serão abertos às 7h30 no sábado e, no domingo, às 7h. O ingresso para a entrada deverá ser trocado por um quilo de alimento não perecível, que será doado ao Programa Bahia Sem Fome, do governo estadual. Além das partidas, os torcedores poderão visitar a Feira de Artesanato, montada nas instalações do estádio, com a venda de produtos dos diversos povos. Também terão a oportunidade de acompanhar shows, durante os intervalos.

No sábado, a cerimônia de abertura começa às 8h30, com o ritual indígena. Às 9h30 acontece o primeiro jogo da semifinal e, às 10h40, a segunda partida. No domingo, a abertura da cerimônia será às 8h, com execução do Hino Nacional em Patxohã e apresentações. Às 8h30, será realizada a disputa pelo terceiro lugar e, às 11h, a grande final, seguida pela cerimônia de premiação.

A Copa Indígena, proposta pela Superintendência de Políticas para Povos Indígenas (SPPI), órgão vinculado à Secretaria Estadual de Promoção da Igualdade Racial e dos Povos e Comunidades Tradicionais (Sepromi), é promovida pela Federação Baiana de Desporto de Participação (FBDP), em parceria com a Superintendência dos Desportos do Estado da Bahia (Sudesb), vinculada à Secretaria Estadual do Trabalho, Emprego, Renda e Esporte (Setre), e a Federação Baiana de Futebol (FBF), com apoio do Esporte Clube Bahia.

“A Setre entra com a parte técnica da área do esporte, com o suporte, e a Sepromi tem uma participação no conjunto das ações, especialmente na mobilização, na identificação das lideranças e na condução do processo junto à técnica da área do esporte. Uma transversalidade fundamental, marca desse governo, que é integrar as políticas públicas para se ter um resultado mais positivo”, afirmou o titular da Setre, Davidson Magalhães.


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