A Seleção Brasileira enfrenta a Guiné, neste sábado (17), às 16h30, em amistoso da Data Fifa. Na partida, os jogadores entrarão em campo com camisas pretas - a ação faz parte de uma série de iniciativas promovidas pela Confederação Brasileira de Futebol (CBF) contra o racismo no esporte.
A campanha “Com racismo não tem jogo” teve início após ataques sofridos pelo jogador Vinicius Junior, do Real Madrid, no confronto contra o Valencia, no dia 21 de maio. Após o treino desta quarta-feira (14), em Barcelona, na Espanha, Rodrygo Goes, companheiro de Vini Jr. no time espanhol e na Seleção, relembrou os momentos vividos ao lado do colega e afirmou também ter sofrido ofensas.
"Nesse caso do Vini, eu acompanhei, estava ali dentro de campo. Foi um dia muito triste. Eu também senti isso na pele. Por isso, essa ação é muito importante e eu espero que o mundo inteiro dê continuidade", disse, em entrevista coletiva.
A partida integra o calendário da Data Fifa, que começou na última segunda-feira (12) e vai até o dia 20 de junho. Esse é o momento em que seleções de todos os cantos entram em campo para se enfrentar em confrontos oficiais ou amistosos. Depois da Guiné, a Seleção Brasileira enfrenta Senegal às 16h da próxima terça (20), em Lisboa, Portugal.
Visita a delegação
Nesta quinta-feira (15), o presidente da Fifa, Gianni Infantino, visitou a delegação brasileira hospedada em Barcelona. O dirigente máximo do futebol mundial, após encontro com Ednaldo Rodrigues, presidente da CBF, e com Vini Jr., se manifestou sobre a campanha criada pela entidade nacional. “Se há racismo, o jogo tem que parar!”, disse Infantino.
Ele aproveitou o encontro desta manhã para informar que a Fifa vai criar, nos próximos dias, uma comissão composta por atletas em atividade para a discussão de propostas de combate ao racismo no futebol.
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