O Ministério Público de Valência, na Espanha, denunciou torcedores por crime de ódio contra o jogador brasileiro Vinicius Jr. A medida foi tomada nesta quinta-feira (25), de acordo com a agência estatal espanhola EFE. O camisa 20 do Real Madrid foi xingado de macaco durante uma partida pelo Campeonato Espanhol, no último domingo (21) .
A promotoria disse que remeteu o processo aberto sobre o caso a um tribunal de instrução. O próximo passo será a decisão de um juiz sobre a abertura de um julgamento contra os torcedores. Na Espanha, as denúncias do Ministério Público passam pela instância de instrução antes que um juiz decida se os acusados devem virar réus. Além da promotoria valenciana, a Procuradoria-geral da Espanha também investiga o episódio após uma denúncia feita pelo Real Madrid. Como na Espanha não existe crime de racismo, os indiciados são enquadrados como praticantes do crime de ódio.
Na terça-feira (23), três torcedores do Valencia foram presos dentro de suas residências, após serem identificados pela direção do clube. Eles foram apresentados como os autores dos insultos racistas feitos ao jogador. Os torcedores foram liberados após prestarem depoimento. De acordo com o "El País", eles ficaram cerca de três horas na delegacia. Este foi o décimo caso de racismo público contra o jogador na Espanha.
Também na terça, outras quatro pessoas foram detidas por suspeita de pendurar um boneco que representava Vini Jr. enforcado. Eles foram liberados nesta quinta, sob fiança, e vão responder em liberdade pelos crimes de ódio e contra a integridade moral do jogador, segundo um tribunal de Madri. O caso aconteceu no dia 26 de janeiro e o boneco foi pendurado em uma ponte próxima ao centro de treinamentos do Real Madrid, esticado em uma corda. Na época, uma investigação de crime de ódio foi aberta.
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