O governador de São Paulo, João Doria (PSDB), anunciou nesta segunda-feira (16) que a etapa de São Paulo da F1 será realizada com o autódromo de Interlagos cheio. Em entrevista coletiva sobre o evento, marcado para novembro, ele afirmou que um novo lote de ingressos será disponibilizado no dia 27 de agosto.
Os primeiros bilhetes para a etapa foram vendidos em junho deste ano e já estão esgotados. O novo lote terá pelo menos mais 20 mil ingressos. De acordo com Alan Adler, executivo da F1 São Paulo, existe "0%" de risco de cancelamento do evento.
Durante a coletiva, Doria fez um chamado ao presidente Jair Bolsonaro (sem partido), seu rival político, que defendia a realização da prova no Rio de Janeiro. "O senhor é nosso convidado para vir aqui, pode até vir de motocicleta, desde que o senhor use máscara, passe álcool em gel nas suas mãos, tire a temperatura e esteja vacinado."
Segundo Jean Gorinchteyn, secretário da Saúde, o evento será seguro por ter grande parte do público vacinado com a segunda dose. Além disso, será obrigatório o uso de máscaras em todos os espaços, além de aferição de temperatura e disponibilização de álcool em gel. A exigência de vacinação ainda é estudada, assim como a cobrança de teste negativo de Covid-19 até 48h antes da etapa.
A corrida do GP São Paulo de F1 está previamente agendada para o dia 7 de novembro, no autódromo de Interlagos, mas o governo e os organizadores solicitaram que a etapa seja adiada em uma semana, por causa do feriado de Proclamação da República, no dia 15 de novembro. A data deve ser confirmada nos próximos 10 dias.
De acordo com a organização do evento, uma lista de espera para os interessados no novo lote de ingressos estará disponível até o dia 27 no site oficial do evento. O preço médio das entradas é de R$ 900.
O autódromo tem capacidade para 70 mil espectadores. Em 2019, somando os três dias de treinos e corridas, o local recebeu 158.213 torcedores. No ano de 2020, a etapa brasileira foi cancelada por causa da pandemia da Covid-19.
Entre as novidades, está a mudança do título do Grande Prêmio, que agora se refere à cidade e não ao Brasil. De acordo com o governador, o objetivo é fortalecer o turismo na capital do estado. "Há um investimento feito pela prefeitura e pelo governo para a promoção turística do destino, seja para brasileiros, seja para estrangeiros", afirmou.
Segundo o secretário de turismo Vinicius Lummertz, 76% dos ingressos vendidos até agora foram para pessoas de fora do estado de São Paulo. A expectativa é de que pelo menos 55% dos turistas visitem museus, parques e outros espaços de entretenimento. O governo espera um impacto de R$ 670 milhões na economia do estado e a criação de 8.000 empregos temporários.
Outra mudança no formato do evento será a realização da "sprint race", corrida que será realizada no sábado e definirá o grid de largada de domingo.
A próxima etapa da F1 será o GP da Bélgica, entre 27 e 29 de agosto. A briga pela liderança está entre o britânico Lewis Hamilton, da Mercedes, e o holandês Max Verstappen, da Red Bull. Com apenas oito pontos de diferença, a expectativa é que até o GP São Paulo a disputa esteja acirrada.
Após o GP no Brasil, a temporada da F1 tem mais duas etapas confirmadas. Os Grandes Prêmios da Arábia Saudita e de Abu Dhabi terão corridas realizadas nos dias 5 e 12 de dezembro.
A etapa deste ano será a primeira sob o novo contrato da F1 com a cidade de São Paulo. A prefeitura vai pagar R$ 100 milhões pelos próximos cinco anos para a empresa que promoverá o GP.
Conforme publicado no Diário Oficial do município, o valor, dividido em cinco parcelas anuais de R$ 20 milhões, será pago à MC Brazil Motorsport Holding Ltda, contratada com o objetivo de realizar o evento.
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