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terça-feira, 19 de janeiro de 2021

GPs do Brasil foram comprados por São Paulo e lucros irão para empresa organizadora

 

São Paulo continuará recebendo provas da Fórmula 1 no Circuito de Interlagos pelos próximos cinco anos. Depois de pagar para continuar recebendo as corridas no Brasil, a prefeitura da cidade ainda contratou uma empresa para operar o evento esportivo, que ficará com os lucros da F1 no país, valores que pertencem ao município. 

 

As informações foram divulgadas na coluna Olhar Olímpico do UOL Esporte que esclarece o contrato feito pela cidade de São Paulo para receber a Fórmula 1 entre 2021 e 2025. Apesar de não haver detalhes sobre quanto a prefeitura teria pago pelas provas das próximas cinco temporadas, alguns países chegam a pagar R$ 300 milhões para a categoria. 

 

Além do custo para fechar com a F1, a Brasil MC Brazil LPG Holdings, nome comercial Brasil Motorsport, foi contratada para organizar o evento por R$ 20 milhões, além de ficar com todos os valores de exploração comercial. 

 

Os direitos sobre os lucros que a Fórmula 1 renderia para a cidade, referentes a, por exemplo, venda de ingressos, alimentos, bebidas etc, com acordos publicitários, incluindo naming rights, serão direcionados para a Brasil Motorsport, segundo o contrato. 

 

Ou seja, além de pagar para receber as provas e contratar a empresa organizadora, a prefeitura da capital paulista não ficará com os valores arrecadados com o evento. 

 

São Paulo continua sendo responsável pela manutenção do Autódromo de Interlagos, já que o local não foi privatizado e, conforme regulamentação da FIA e da FOM, "todos os esforços necessários para o aperfeiçoamento e manutenção do autódromo" e "cumprir as condições determinadas pelas autoridades internacionais que supervisionam o GP" seguem como obrigações do município.

 

Sem detalhes sobre os atuais valores de compra do evento, a Casa Civil declarou que gastava cerca de R$ 48 milhões por ano com a Fórmula 1 e justificou que o contrato com a Brasil Motorsport ajudará o município a economizar dos cofres públicos. A gestão do prefeito Bruno Covas está usando a Lei de Falências para manter em sigilo os documentos de contrato com a Fórmula 1.


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