Diante das dificuldades de treinar aqui no Brasil por causa da pandemia, o Comitê Olímpico Brasileiro deve levar mais de 200 atletas para treinar em Portugal. Enquanto isso, eles usam a criatividade para manter o condicionamento físico.
Os ginastas estão se adaptando: Diego Hypólito treina na sala. Arthur Nory sobe escadas de um jeito diferente. Já Arthur Zanetti instalou argolas na garagem. Luisa Marques, do nado artístico, usa a piscina da casa de veraneio. O ciclista olímpico Renato Rezende construiu uma pista de terra ao lado de casa.
Dá até para se divertir um pouco, como o jogador de basquete Marcelo Huertas, que fez treino de força com ajuda dos filhos. A atleta de tênis de mesa Bruna Takahashi está com vaga garantida nos Jogos Olímpicos de Tóquio, transferidos para 2021. O treino em casa é bem mais limitado, mas pelo menos ela está conseguindo manter a boa forma.
É preciso muita criatividade para treinar em casa, já que os centros esportivos estão de portas fechadas como o Clube Pinheiros, em São Paulo, usado por mais de 200 atletas de alto rendimento. Mas eles estão há mais de três meses sem pisar no local, o que já afeta o desempenho dos esportistas.
Uma pesquisa do Comitê Olímpico Internacional, com quatro mil atletas do mundo inteiro, aponta que 56% deles acham difícil treinar com um bom resultado durante a pandemia. Metade não consegue se manter motivado. 32% relatam problemas de saúde mental, como ansiedade, e 30% estão com dificuldade de manter a dieta.
A partir de julho, o Comitê Olímpico Brasileiro vai levar 200 atletas para treinar temporariamente em Portugal, onde o risco de contágio da Covid-19 já caiu bastante.
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