domingo, 10 de fevereiro de 2019

Anderson Silva retorna ao UFC com derrota em luta parelha na Austrália


O retorno de Anderson Silva ao octógono não teve o resultado esperado pelos fãs do Spider neste domingo, em Melbourne, na Austrália, mas a atuação da lenda mundial do UFC deu um gostinho de porquê ele é um dos maiores nomes da modalidade. Aos 43 anos, o brasileiro fez uma luta equilibrada com o nigeriano Israel Adesanya, 14 anos mais novo, mas perdeu por unanimidade (29-28, 30-27 e 30-27) .
Os dois anos longe de uma luta oficial de Silva por conta do doping se encerraram no UFC 234 e diante de um fã confesso do atleta. Depois de vencer e chorar, Adesanya reverenciou o brasileiro. “É como se eu estivesse jogando basquete com Michael Jordan. Foi uma semana louca. Eu apareci para o trabalho. Obrigado Anderson, você tem feito isso há muito tempo e eu sou muito grato”, disse o nigeriano.
Já o brasileiro deu o crédito merecido para o adversário e agradeceu por estar de volta. “Estou muito feliz. Obrigado Deus por me dar mais uma chance de vir aqui e dar meu máximo. Eu amo meu trabalho. Esse esporte é difícil, a categoria é difícil, mas eu continuo a lutar porque isso é minha vida”, disse o Spider.
A luta foi bem equilibrada, mesmo com a diferença de idade e o tempo parado de Anderson. O público foi à loucura com a atuação do brasileiro, que mostrou que continua em forma e com a mesma irreverência de sempre. Com um início amarrado, os dois lutadores se estudavam e pouco avançavam para não se expor de cara. Nos minutos finais do round os dois acabaram trocando mais golpes.
Mais movimentado, o segundo round também contou com mais emoção, com sequências de golpes, os lutadores com guarda baixa e blitz na grade de Anderson Silva. O público ia à loucura com as investidas de ambos os lados, mas principalmente quando o brasileiro estava no ataque.

No round final, Silva provocava Adesanya e o nigeriano por vezes aceitava. Com o olho muito inchado, o Spider parecia um pouco abatido e chamou o adversário para a luta, levando à uma troca de golpes de ambos os lados. Antes do fim, o brasileiro já aceitava golpes sem se esquivar, até que, no centro no octógono, a luta acabou com os dois se abraçando e trocando palavras.

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