A dupla formada pelo baiano Leonardo Chicourel e o angolano radicado em São Paulo Luiz Guilherme Caldas cruzou a linha de chegada da Regata Jacques Vabre às 8h24 desta segunda-feira (27), no Terminal Turístico Náutico de Salvador. Únicos representantes do Brasil na competição, eles chegaram no 11º lugar da categoria Class40, com o tempo de 21 dias, 22 horas e 59 minutos.
Minutos depois do desembarque festivo, ainda a bordo do Mussulo 40 Team Angola Cables, o barco com o qual cruzaram os cerca de 8 mil quilômetros de Le Havre, na França, a Salvador, Chicourel respondeu sem pestanejar se valeu a pena a participação na maior regata transatlântica do mundo, que tem apoio do Governo do Estado por meio da Secretaria do Turismo (Setur): “Sempre”.
Apesar das dificuldades que enfrentaram, ele diz que pretende participar da edição de 2019, se tiver oportunidade, e desta vez com a vantagem da experiência. “A gente trabalha com o mar, então sempre existirá o previsível e o imprevisível, mas a experiência ninguém tira de você, ela soma muito”, afirmou. Nesta regata, o imprevisível pegou a dupla pouco tempo depois da largada, que aconteceu no dia 5 de novembro. Problemas técnicos fizeram o barco parar por mais de 24 horas em Camaret, na França.
“Foi um banho de água fria”, disse o velejador, que considerou este o pior momento da prova. A travessia dos chamados Doldrums, áreas próximas à linha do Equador, nas quais predominam a baixa pressão e os ventos fracos, foi outro momento complicado. “Ali há um pouco mais de calor, é mais abafado e mais úmido, quase insuportável”.
Mas tudo compensou quando eles cruzaram a linha de chegada na Baía de Todos-os-Santos. “Este foi, sem dúvida, o melhor momento”, comemorou Chicourel. Agora falta penas um outro Class40 chegar, o Esprit Scout, dos franceses Marc Dubos e Jacques-Arnaud Seyrig, para a 13ª edição da Regata Jacques Vabre terminar.
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