O jornal francês Le Monde apresentou nesta sexta-feira (02) uma denúncia envolvendo a escolha do Rio de Janeiro como sede da Olimpíada de 2016. Segundo a publicação, um empresário brasileiro repassou US$ 1,5 milhão (R$ 4,73 milhões na cotação atual) em propinas a um filho de integrante do Comitê Olímpico Internacional (COI). A transferência ocorreu três dias antes do anúncio da cidade brasileira como sede dos Jogos, em 2 de outubro de 2009.
A Justiça francesa suspeita que esse repasse tem ligação direta com a Rio-2016. O dinheiro foi endereçado a Papa Diack, filho de Lamine Diack, então presidente da Federação Internacional de Atletismo (IAAF). Papa e Lamine foram banidos do esporte após acusação de corrupção e lavagem de dinheiro em esquema de doping de atletas da Rússia. Lamine está preso na França.
Apontado pelo Le Monde como responsável pela transação ilícita, Arthur César de Menezes Soares Filho, conhecido como o "Rei Arthur", é investigado na "Operação Calicute", operação que é um braço da Lava Jato no Rio de Janeiro e que levou à prisão do ex-governador Sérgio Cabral.
A disputa pela sede dos Jogos envolvia Rio de Janeiro, Chicago, Madri e Tóquio. Na primeira rodada de votação, Madri levou a melhor, com 28 votos, tendo Rio (26 votos), Tóquio (22 votos) e Chicago (18 votos). Na última rodada, a cidade carioca virou o jogo, batendo a cidade espanhola por 66 a 32 votos.
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