sexta-feira, 6 de janeiro de 2017

Surfe entra pela 1ª vez no programa de Tóquio 2020, e Brasil sonha com ouro

Gabriel Medina (Foto: ASP)

Pela primeira vez, o surfe fará parte do programa olímpico, sonho antigo de muitos surfistas. Os Jogos de Tóquio 2020 ganharam ainda a inclusão do skate, escalada, caratê, beisebol e softbol, mudança proposta pelo Comitê Olímpico Internacional (COI). Na última década, o Brasil se firmou de vez como uma das grandes potências do surfe, ao lado de Havaí, Estados Unidos e Austrália, e é um dos candidatos ao ouro. Em 2014, Gabriel Medina conquistou o histórico título mundial e quebrou uma hegemonia de 38 anos dos países com tradição no esporte. O feito se repetiu no ano seguinte, com Adriano de Souza, o Mineirinho, que havia sido o primeiro brasileiro a liderar o ranking mundial. A Liga Mundial de Surfe (WSL), que representa dois mil surfistas profissionais, incluindo a elite e a divisão de acesso, os liberou para o maior evento esportivo do mundo e declarou o seu apoio ao COI e à ISA (Associação Internacional de Surfe). 
A popularidade entre os jovens foi determinante para a decisão do COI. O aumento da audiência e a possibilidade de atrair potenciais patrocinadores também foram levados em conta. 
- Queremos levar o esporte para a juventude. Com as muitas opções que os jovens têm, não podemos esperar mais que eles passem automaticamente para nós. Temos que ir até eles - disse Thomas Bach, presidente do COI.
O QUE PENSAM OS SURFISTAS
Mineirinho, Medina e Filipe Toledo, o Filipinho, foram alguns dos brasileiros que comemoraram a novidade. 
- Será incrível ver o surfe nas Olimpíadas. Temos grandes chances de ser ouro lá, portanto, se eu não estiver na água competindo, vou estar na beira do mar torcendo para os brasileiros. Acho que vai ser um grande evento para nunca mais esquecer, então eu quero muito participar, ou na água ou na praia, quero estar lá em 2020 - disse Mineirinho, campeão mundial e primeiro do país a vencer o Pipe Master em 2015. 
Adriano de Souza, o Mineirinho, é carregado nas areias de Pipeline e vibra muito com o título mundial (Foto: WSL / Kirstin Scholtz)
Kelly Slater, onze vezes campeão mundial, cogita disputar a Olimpíada, mesmo com a idade avançada. O americano terá 48 anos e não sabe se ganhará uma das duas vagas por país, principalmente, pelo fato de ter de brigar por um lugar ao sol com surfistas jovens como John John Florence - se na WSL, o atual campeão mundial defende a bandeira havaiana, considerado um país no surfe, nos Jogos, ele representará os Estados Unidos. 
- Ainda faltam quatro anos. Haverá vários jovens talentosos e apenas duas vagas por país. Para os Estados Unidos, acho que uma delas será para John John Florence, então acho que só vai sobrar uma para mim. Vou ter que estar competitivo no momento certo. Não sei o quanto vou estar comprometido no esporte daqui a quatro anos, mas por que não? Há dez anos, não imaginava que ainda competindo até hoje. Não cresci sonhando em ganhar uma medalha de ouro porque não imaginava que o surfe pudesse ser esporte olímpico um dia. Agora, todos os jovens surfistas podem sonhar com o ouro olímpico e acho isso muito legal - comentou Slater.
Filipe Toledo segunda rodada etapa Peniche (Foto: Divulgação/WSL)Kanoa Igarashi foi a grande surpresa da competição (Foto: Divulgação)Tatiana Weston-Webb Fiji WSL surfe (Foto: Divulgação/WSL)

Fonte:globo.com

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