Silverstone, berço do automobilismo, corre o risco de ficar fora da Fórmula 1 por causa dos altos custos para promover o GP da Grã-Bretanha. Em uma carta enviada pelo chairman da BRDC (algo como Associação de Pilotos Britânicos de Corrida), dona do circuito, para seus membros, são discutidos os potenciais riscos de continuar sediando a prova. Na carta, enviada em 19 de dezembro e que vazou para a rede britânica “ITV News”, John Grant, expressou o desejo de preservar o GP britânico, mas avisou aos membros que o conselho considera utilizar a clausula de rescisão, que permite que o circuito deixe a categoria ao final de 2019 sem multas, desde que o aviso seja feito, no mais tardar, em 2017.
Confira o que diz parte da carta enviada pelo chairman ao restante dos membros do BRDC:
O que pode ser chamado de elefante branco, parece ser o futuro do GP da Grã-Bretanha. É de conhecimento de todos que nenhum circuito europeu faz dinheiro ao realizar um GP. Acreditamos que Silverstone se sai melhor que a maioria, regularmente atraindo uma grande quantidade de entusiasmados fãs, além de proporcionar um grande show. Contudo, mesmo em um bom ano, o GP da Grã-Bretanha não gera dinheiro suficiente para cobrir os custos do evento. Com isso temos receio do que pode acontecer em um ano ruim. Vemos a chegada do grupo Liberty como uma potencial oportunidade de mudanças que podem melhorar a F1 de diversas maneiras e, com o tempo, até equilibrar as contas dos organizadores das corridas, como nós. Esperamos que a BRDC e Silverstone estejam ativos na questão e em como ele se desenvolve nos meses seguintes.
O conselho quer manter o GP da Grã-Bretanha em Silverstone por muitos anos, mas apenas se fizer sentido. E temos de proteger a associação contra os potenciais riscos de anos ruins. Se nada mudar nessa equação financeira, teremos um grande risco adiante, então estamos explorando maneiras de mudar isso. Entre diversas alternativas, o conselho considera dar o aviso de intenção de rescindir o contrato antes do GP da Grã-Bretanha de 2017 (como especifica o contrato), para que isso tenha efeito em 2019. Esta não é uma decisão simples, e vamos levar em consideração todas as implicações antes de chegar a uma conclusão no meio do ano.
Fonte:globo.com
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