O ranking da Fifa iniciou 2017 praticamente da mesma forma como terminou 2016: com a Argentina na liderança, seguida do Brasil, o segundo, e da Alemanha, a terceira. Sem jogos entre as principais seleções do mundo nesse período de virada do ano, as únicas alterações aconteceram entre equipes que ocupam o meio da lista, e o top-10 se manteve inalterado.
Na primeira relação de 2017, os argentinos apareceram com os mesmos 1.634 pontos de 2016, 90 à frente do Brasil de Tite. Atual campeã mundial, a Alemanha completou o "pódio" com 1.433 pontos somados. O bicampeão da Copa América Chile, com 1404, e a Bélgica, com 1368, completaram o top-5. Dono do título da Eurocopa, Portugal é apenas a oitava seleção no ranking, com 1229.
O ranking valoriza o retrospecto recente das seleções e é divulgado a cada mês. Apesar do ano de oscilações, a Argentina somou 10 vitórias em 15 jogos e ainda chegou à decisão da Copa América - foi derrotada pelo Chile nos pênaltis - o que garantiu a ponta da tabela. Já o Brasil teve um crescimento apenas na parte final do ano, com uma campanha decepcionante no torneio continental, sendo eliminado ainda na fase de grupos.
A próxima lista sairá no dia 9 de fevereiro, provavelmente sem grandes mudanças nas primeiras colocações do ranking - a próxima rodada das eliminatórias está marcada apenas para os últimos dias de março.
ENTENDA O RANKING
O ranking da Fifa começou a ser elaborado pela entidade em agosto de 1993, quando o Brasil ficou em oitavo. Porém, logo no mês seguinte a equipe do então técnico Carlos Alberto Parreira assumiu a liderança. Até junho de 1994, a Seleção oscilou entre o primeiro e o quarto lugar, mas após a conquista do tetra manteve a ponta de julho de 1994 a janeiro de 2001. Depois do penta, o Brasil retomou a hegemonia entre julho de 2002 e janeiro de 2007.
Desde então, o time canarinho voltou poucas vezes à liderança do ranking: apenas de julho a outubro de 2009 e entre abril e maio de 2010. A pior colocação da história da Seleção foi o 22º lugar em junho de 2013. A explicação para a posição tão ruim foi o fato de o Brasil não ter disputado as eliminatórias, já que era o país-sede da Copa de 2014. Pelos critérios da Fifa, jogos amistosos valem menos pontos que os oficiais.
A Fifa utiliza uma fórmula para chegar à pontuação de cada seleção mensalmente. Essa fórmula envolve a multiplicação dos pontos pelo resultado do jogo (a vitória vale três, o empate vale um e a derrota é zero), da importância da partida (confronto de Copa do Mundo, por exemplo, vale quatro, enquanto amistoso vale um), da força do adversário (de acordo com a posição no ranking) e da força da confederação continental (confira a fórmula completa abaixo).
A pontuação total leva em consideração ainda um período de quatro anos e é determinada pela média do número de pontos ganhos nos jogos dos últimos 12 meses e a média do número de pontos ganhos em jogos de mais de 12 meses atrás.
Confira abaixo como são os critérios da Fifa e exemplos de pontuação em um jogo:
- Fórmula
P = M x I x T x C
- Legendas
P = pontuação no ranking
M = pontos pelo resultado do jogo
I = importância da partida (Copa do Mundo, eliminatórias, amistoso...)
T = força da seleção adversária
C = força da confederação continental
- Critérios da Fifa
M = vitórias (3 pontos); empate (1 ponto) e derrota (zero)
I = Copa do Mundo (4 pontos); Copa das Confederações ou principal torneio de cada confederação (3 pontos); eliminatórias para Copa do Mundo ou para principal torneio de cada confederação (2,5 pontos); e amistosos (1 ponto);
T = o valor 200 é atribuído a todas as seleções. O líder do ranking vale 200. Para achar o coeficiente (T) de outras equipes, o valor é subtraído da colocação do time naquele momento. Equipes abaixo da 150ª posição valem sempre 50 pontos;
C = cada confederação tem um coeficiente: América do Sul (Conmebol) = 1 ponto; Europa (Uefa) = 0,99; Américas Central e do Norte (Concacaf), Ásia (AFC), África (CAF) e Oceania (OFC) = 0,85. Quando a partida é entre duas seleções de confederações diferentes, o valor para cálculo será a média.
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