O goleiro Jackson Follmann deixou o hospital San Vicente, em Rio Negro (Colômbia), por volta das 15h35 desta segunda-feira, no início do seu retorno ao Brasil. Depois de um trajeto de aproximadamente 15 minutos, a ambulância que levava o jogador chegou ao aeroporto de Rio Negro. O atleta foi transferido para uma aeronave voltada para o transporte de pacientes, que decolou por volta de 16h25. A previsão de chegada ao aeroporto de Congonhas, em São Paulo, é 2h30 (de Brasília) de terça-feira, após uma escala de duas horas em Manaus, para reabastecimento.
O jogador da Chapecoense, primeiro sobrevivente brasileiro do acidente com o avião do time catarinense a retornar ao país, ficará internado no hospital Albert Einstein, na capital paulista, onde deverá ser submetido a uma cirurgia na vértebra. O cardiologista Francisco Souto, chefe médico da aeronave que levará Follmann da Colômbia ao Brasil, revelou o plano de voo.
- Faremos uma escala técnica (de duas horas) em Manaus, para abastecimento e regularização do voo, e depois vamos direto para São Paulo.
O médico ainda relatou as características da aeronave que levará o goleiro de volta ao Brasil, uma espécie de “UTI móvel”.
- A aeronave é um Phenom 300, dedicada ao transporte aeromédico, onde temos todos os recursos para manter a vida e o tratamento que for necessário. Temos respiradores, desfibriladores, oxímetro, medicamentos, enfim, tudo que é necessário para transportar o paciente. É uma UTI móvel.
Jackson Follmann teve parte da perna direita amputada. Neste domingo, o goleiro passou por nova abordagem para limpeza no local do ferimento. O quadro geral é bom, de acordo com avaliações dos médicos.
- Desde sábado estamos em contato com Dr. Edson (Stakonski), da equipe médica da Chapecoense, e todo quadro clínico e exames têm sido passado para nós, até para o preparo da aeronave para o transporte.
O lateral Alan Ruschel e o jornalista Rafael Henzel, outros dois sobreviventes do acidente, deverão deixar o hospital nesta terça-feira. Eles viajarão em avião da FAB para Chapecó, onde ficarão internados. O zagueiro Neto ainda deverá ficar hospitalizado por mais três dias, pelo menos, na Colômbia.
O voo que levava o time da Chapecoense caiu no dia 29 de novembro, quando chegava a Medellín, na Colômbia. Setenta e um passageiros faleceram, sendo 19 jogadores. Houve seis sobreviventes. Além dos quatro brasileiros (Follmann, Alan Ruschel, Neto e Rafael Henzel), sobreviveram dois tripulantes bolivianos, que já voltaram para o seu país.
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