sexta-feira, 25 de novembro de 2016

Ferreira pega 6 meses de gancho por agredir árbitro; Guarani perde mando

Ferreira, zagueiro Guarani (Foto: Rodrigo Villalba/ GloboEsporte.com) 

O julgamento no Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) acabou de maneira bastante diferente para Guarani e Ferreira, denunciados pelos incidentes na final da Série C. Se o clube escapou da punição máxima e perdeu apenas um mando de campo (mais uma multa de R$ 20 mil), o zagueiro teve uma pena mais pesada: 180 dias, ou seis meses, fora do futebol, por agredir o árbitro Marcos Mateus Pereira, na derrota por 3 a 0 para o Boa, no último dia 5.
– Saiu barato para o Guarani, mas vai comprometer os cofres do clube. Obviamente vamos recorrer. Vou fazer um apelo para que a torcida se conscientize, porque um erro não justifica outro. A polícia não foi equilibrada, mas não justifica a torcida fazer o que fez, principalmente a questão do sinalizador. O Guarani é mais uma vez prejudicado por alguns incoerentes que levam para dentro de uma partida um objeto banido do futebol – afirmou o presidente Horley Senna. 
O departamento jurídico do Guarani defendeu tanto o clube quanto o jogador na sessão desta sexta. O advogado Osvaldo Sestário e Horley prestaram depoimentos, bem como Ferreira, que foi ao Rio de Janeiro para se explicar. Eles usaram imagens como forma de argumentação, em especial no caso entre torcida e policiais, que se envolveram em um tumulto ao fim da partida. O Bugre promete auxílio ao jogador, que não vai continuar no Brinco de Ouro em 2017, e também estuda um recurso para escapar da multa. 
– Do Ferreira foi pesado, mas é o mínimo. Ele se defendeu, eu fiz a defesa, teve testemunha também. O próprio relator e auditores disseram que era lamentável afastar o profissional por um período tão grande, mas era o mínimo de acordo com o código. Vamos brigar pelos 20 mil, pelo recurso e também pelo Ferreira. Vamos fazer nossa parte – disse Horley, por telefone.
A perda de um mando de campo será cumprida na Série B do Campeonato Brasileiro, que o Guarani volta a disputar depois de quatro anos na terceira divisão. Além deste jogo, o clube já perdeu outro, por incidentes na partida contra o ASA, pelas quartas de final. Assim, se não anular a punição em segunda instância, as duas primeiras partidas do Bugre como mandante serão ou com os portões do Brinco fechados ou em um estádio a 100 km de Campinas.
Torcida Guarani, Varginha (Foto: Rodrigo Villalba/ GloboEsporte.com) 
Fonte:globo.com

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