O julgamento no Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) acabou de
maneira bastante diferente para Guarani e Ferreira, denunciados pelos incidentes na final da Série C.
Se o clube escapou da punição máxima e perdeu apenas um mando de campo
(mais uma multa de R$ 20 mil), o zagueiro teve uma pena mais pesada: 180
dias, ou seis meses, fora do futebol, por agredir o árbitro Marcos Mateus Pereira, na derrota por 3 a 0 para o Boa, no último dia 5.
– Saiu barato para o Guarani, mas vai comprometer os cofres do clube.
Obviamente vamos recorrer. Vou fazer um apelo para que a torcida se
conscientize, porque um erro não justifica outro. A polícia não foi
equilibrada, mas não justifica a torcida fazer o que fez, principalmente
a questão do sinalizador. O Guarani é mais uma vez prejudicado por
alguns incoerentes que levam para dentro de uma partida um objeto banido
do futebol – afirmou o presidente Horley Senna.
O departamento jurídico do Guarani defendeu tanto o clube quanto o
jogador na sessão desta sexta. O advogado Osvaldo Sestário e Horley
prestaram depoimentos, bem como Ferreira, que foi ao Rio de Janeiro para
se explicar. Eles usaram imagens como forma de argumentação, em
especial no caso entre torcida e policiais, que se envolveram em um
tumulto ao fim da partida. O Bugre promete auxílio ao jogador, que não
vai continuar no Brinco de Ouro em 2017, e também estuda um recurso para
escapar da multa.
– Do Ferreira foi pesado, mas é o mínimo. Ele se defendeu, eu fiz a
defesa, teve testemunha também. O próprio relator e auditores disseram
que era lamentável afastar o profissional por um período tão grande, mas
era o mínimo de acordo com o código. Vamos brigar pelos 20 mil, pelo
recurso e também pelo Ferreira. Vamos fazer nossa parte – disse Horley,
por telefone.
A perda de um mando de campo será cumprida na
Série B do Campeonato Brasileiro, que o Guarani volta a disputar depois
de quatro anos na terceira divisão. Além deste jogo, o clube já perdeu
outro, por incidentes na partida contra o ASA, pelas quartas de final.
Assim, se não anular a punição em segunda instância, as duas primeiras
partidas do Bugre como mandante serão ou com os portões do Brinco
fechados ou em um estádio a 100 km de Campinas.
Fonte:globo.com
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