Mais de seis décadas depois de silenciar a torcida local no Maracanã, na Copa do Mundo de 1950, o Uruguai voltou a disputar uma partida no Brasil com plateia contrária. E novamente venceu por 2 a 1. Após frustrar os brasileiros que apoiaram a Nigéria na Arena Fonte Nova, na quinta-feira, o técnico Óscar Tabárez não conseguiu conter a provocativa comparação.
“O fato de os brasileiros terem preferência pelo oponente é uma coisa que não me compete explicar. Talvez seja porque sejamos uma seleção não muito simpática. Alguns até dizem que estragamos a festa dos outros. Para nós, isso é um elogio. Estragar uma festa que está toda armada pode não ser muito simpático”, sorriu o comandante uruguaio.
O próprio Tabárez tem no currículo a experiência de frustrar as ambições de um país anfitrião. Ele liderou o Uruguai a conquistar a vaga na Copa das Confederações com o título da Copa América realizada na Argentina, em 2011, eliminando os donos da casa nas quartas de final.
Desta vez, na Copa das Confederações do Brasil, Tabárez se prepara para enfrentar a nação vizinha em uma possível semifinal. A Seleção Brasileira lidera o grupo A do torneio, enquanto a uruguaia é a segunda colocada do B. “Talvez a gente venha a se enfrentar nas semifinais. Aí, a torcida contrária será ainda maior”, previu.
Nigerianos conquistam o público
Se Óscar Tabárez recorreu até ao Mundial de 1950 para rebater o público que decepcionou na Fonte Nova, seu colega Stephen Keshi ficou bastante satisfeito por enfim ter cativado os brasileiros. O técnico da Nigéria lembrou que havia enfrentado a mesma situação do Uruguai na primeira rodada, quando a torcida local preferiu incentivar o Taiti na goleada por 6 a 1 dos africanos, no Mineirão.
“Essa é uma boa questão. Há alguns dias, a gente jogou em Belo Horizonte, e os torcedores estavam torcendo contra a gente, pelo Taiti. Isso mudou, e agradecemos muito. Eles queriam que ganhássemos do Uruguai. Infelizmente, não aconteceu. Futebol é assim”, comentou Keshi.
Fonte:gazetaesportiva
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