As boas defesas na vitória de domingo sobre o Mirassol foram as últimas de Rogério Ceni aos 39 anos. Nesta terça-feira, véspera do retorno do São Paulo à Libertadores, o qual colaborou na decisão de renovar contrato por uma temporada, o goleiro-artilheiro fura a barreira dos 40 e, apesar das dores pela idade incomum no futebol, continua atuando em alto nível com as mãos e os pés.
"Ele tem desempenhado suas funções sem nenhum questionamento a sua competência, apesar dessa idade, que é um tabu no futebol", elogia o vice-presidente João Paulo de Jesus Lopes.
Dida e Marcos, dos quais foi colega na conquista da Copa do Mundo de 2002, aposentaram-se antes dos 40 anos. O primeiro parou na metade de 2011, porém mais tarde reconsiderou a decisão e hoje está no Grêmio, aos 39. Já o ex-palmeirense largou mão em dezembro por não suportar mais conviver com lesões, situação que Ceni enfrentou menos – lesões graves, o são-paulino teve duas na carreira.
A primeira, em abril de 2009. Durante trabalho no CT, ele fraturou o tornozelo esquerdo, passou por cirurgia e voltou depois de pouco mais de quatro meses. Na pré-temporada de 2012, acusou incômodo no ombro direito, que precisou ser operado em razão de lesão ligamentar e no labrum (tecido fibocartilaginoso que dá mais estabilidade à articulação) e o impediu de atuar até julho. Por conta disso, cogitou encerrar a carreira ao fim do contrato, mas, à medida que o time foi crescendo no segundo semestre, mudou de ideia.
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