Esqueça, ao menos por ora, os debates envolvendo Pelé, Diego Maradona ou qualquer outro craque de bola que habitou a Terra no último século. Enquanto Lionel Messi estiver em atividade - e muito provavelmente depois de se aposentar -, as discussões subjetivas seguirão sem fim, com argumentos para todos os lados. Alguns pensam que a Copa do Mundo é um objeto necessário para que o camisa 10 do Barcelona possa ser apontado como o maior da história. Outros, por sua vez, alegam que a Liga dos Campeões já é o torneio que reúne os melhores do planeta - e nesta categoria o argentino é especialista. Fato mesmo é que, depois de quebrar um recorde ao conquistar sua quarta Bola de Ouro consecutiva, La Pulga briga por outras dez marcas relevantes em 2013
A maioria envolve diretamente gols. O astro, por enquanto, soma apenas um no ano, marcado de pênalti na vitória sobre o Espanyol, por 4 a 0, no Camp Nou, no último domingo. Em 2012, foram incríveis 91 - o que o colocou acima do alemão Gerd Müller e de todos os mortais restantes como o principal artilheiro de uma só época. Num exercício de imaginação e lógica, é possível prever Lionel Messi estabelecendo ao menos sete dos dez principais objetivos individuais caso mantenha a média assombrosa.
Um deles é a consagração como goleador máximo do Barcelona - incluindo jogos não oficiais -, feito que poderia ser atingido no mês de setembro (contando possíveis amistosos da pré-temporada 2013/2014). O líder do quesito é Paulino Alcántara, que defendeu o clube catalão entre 1918 e 1927, com 369 gols. Messi soma 311 e ainda tem a sua frente Josep Samitier (333 gols entre 1919 e 1932).
Ainda com a camisa azul-grená, o craque tem em mente mais seis "categorias". A artilharia da Liga dos Campeões é um sonho viável, mas ele precisaria melhorar as estatísticas de 2012, quando anotou 13 vezes entre o mata-mata de um torneio e a fase de grupos de outro. Com 56 gols, ele está empatado com o holandês Ruud Van Nistelrooy, ex-Manchester United e Real Madrid. O espanhol Raúl González, ex-Real e Schalke, é o líder, com 71.
O maior rival, inclusive, também é assunto para Lionel. Apesar de ter apenas 25 anos, Messi já marcou 17 gols no Superclássico e está a apenas um do argentino Alfredo Di Stéfano, talvez o maior ídolo da história do time merengue, pelo qual atuou entre 1953 e 1964.
Pela Argentina, outras três importantes marcas podem estar a caminho. A mais complicada é quanto ao topo da artilharia da seleção - o dono da marca é o ex-centroavante Gabriel Batistuta, com 56 gols. Messi, com 31 após os 12 tentos marcados em 2012, pode não chegar no ex-jogador da Fiorentina, mas terá jogos suficientes para ultrapassar Diego Maradona (34) e Hernán Crespo (35). Apenas nas eliminatórias para a Copa do Mundo serão sete compromissos - que o ajudariam a superar o próprio Crespo na artilharia geral, com 19 gols (Messi tem 11), e Ivan Zamorano, goleador máximo de uma edição, para o Mundial de 1998, com 12 gols (sete para o argentino).
Fonte:globoesporte
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