quarta-feira, 18 de julho de 2012

Um conto chinês: a novela que levou Obina de volta ao Palmeiras


Apresentação Obina no Palmeiras (Foto: Diego Ribeiro / Globoesporte.com)
Foram mais de seis meses de negociações até que o Shandong Luneng, da China, aceitasse emprestar Obina ao Palmeiras até o fim de 2012. A apresentação do atacante, na última terça-feira, foi o final feliz de uma novela que teve uma série de reviravoltas. Depois de muitos desencontros, os clubes iniciaram um relacionamento dos mais amigáveis. O vice-presidente Roberto Frizzo, o presidente Arnaldo Tirone e o gerente de futebol César Sampaio participaram das conversas em diferentes momentos durante o ano.
O primeiro problema, claro, foi a comunicação. Os empresários de Obina fizeram o papel de intermediários entre os clubes, que usaram o inglês para se entender. O mandarim, língua oficial da China, sequer foi cogitado. A cultura e o mercado chinês, bem mais fechados que no Brasil, também dificultaram.
- Queríamos o Obina já em dezembro, mas os chineses são muito rígidos com essa coisa do contrato. O negócio foi levar na conversa, sabíamos que podia demorar, mas no fim conseguimos convencê-los de que seria uma boa nos emprestar o Obina - afirmou o vice-presidente Roberto Frizzo.
O Palmeiras manteve contato com os agentes do jogador nos últimos meses, procurando saber a disposição do Shandong Luneng em liberar Obina. O sinal verde só foi dado há um mês, quando o clube começou a correr para finalizar a operação. A diferença de fuso horário foi mais um fator de dificuldade. As 11 horas de diferença entre São Paulo e Jinan, na China, limitaram demais o tempo de atuação da cúpula palmeirense.
- Quando eles acordavam, estávamos indo dormir, e vice-versa. Então perdemos algumas horas de sono para acertar a transferência – brincou Frizzo.
Depois dos papéis trocados, mais um entrevero: intermediários do negócio queriam receber comissões diferentes das combinadas anteriormente, e a chegada de Obina ficou ameaçada. O assunto só foi resolvido depois que o técnico Luiz Felipe Scolari reclamou da demora para a regularização do jogador, sem citar o problema das comissões. Um dia depois, o atacante assinou contrato e ficou à disposição do comandante.
Treinando desde a semana passada, Obina também mostrou alívio com o acerto. Na China, ele teve as mesmas dificuldades encontradas pelos dirigentes no Brasil.
- Aprendi pouquíssimo do idioma deles, o mandarim é muito difícil. Aos poucos me encaixei e entendi algumas coisas. A cultura é totalmente diferente, mas o futebol de lá está contratando bons jogadores e treinadores, está crescendo demais.
Obina tem contrato com o Shandong Luneng até o fim de 2013. Ao fim do empréstimo ao Verdão, os chineses só aceitam negociar o jogador de forma definitiva, para recuperarem pelo menos parte do investimento feito no início de 2011, quando contrataram o jogador do Atlético-MG. O preço está fixado em US$ 1 milhão (cerca de R$ 2 milhões).
globoesporte.com

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