Vítima de Novak Djokovic no US Open e em Roland Garros, Roger Federer mostrou que a Quadra Central de Wimbledon ainda é seu quintal. Sacando como em seus melhores dias e impecável nos pontos importantes o suíço derrubou o número 1 do mundo por 6/3, 3/6, 6/4 e 6/3 e avançou, nesta sexta-feira, outra vez à final do Grand Slam britânico.
Federer agora luta por seu sétimo título de Wimbledon (campeão de 2003 a 2007 e em 2010), mas também terá a chance de retornar ao topo do ranking e quebrar mais um incrível recorde. Se vencer a final, o suíço voltará a ser número 1 do mundo e se tornará o tenista que ficou mais semanas no topo da lista da ATP.
Atualmente, a melhor marca pertence ao americano Pete Sampras, com 286. Federer ficou 285 semanas como número 1 e teria quebrado o recorde se não tivesse sido ultrapassado por Rafael Nadal em Roland Garros, em junho de 2010. Desde então, o suíço vem tentando reconquistar o posto e quebrar a marca de Sampras.
A decisão, marcada para domingo, será contra o vencedor da segunda semifinal, entre o britânico Andy Murray, número 4 do mundo, e o francês Jo-Wilfried Tsonga, sexto do ranking. Quem triunfar alcançará pela primeira a decisão no Grand Slam britânico.
Saques fazem diferença
A partida começou equilibrada, com os dois tenistas confirmando seus serviços e se impondo do fundo de quadra. Federer foi o primeiro a ter vantagem. No sexto game, sacando em 30/30, Djokovic subiu à rede, mas escorregou e, mesmo mergulhando na grama, não conseguiu devolver uma passada de Federer. No ponto seguinte, diante de um break point, o sérvio errou um backhand e perdeu o game. Sacando bem (75% de aproveitamento de primeiro serviço), o suíço não desperdiçou a vantagem e fez 6/3.
O número 1 respondeu rápido. Logo no segundo game do segundo set, devolveu dois bons saques do oponente e chegou a três break points. Falhou no primeiro ao arriscar e errar uma devolução, mas ganhou um rali em seguida e obteve a quebra. Assim como na parcial anterior, a vantagem foi decisiva. Melhor no serviço, Djokovic perdeu apenas três pontos com o fundamento e não deu chances ao hexacampeão. Por 6/3, deixou o placar igualado.
Break points dão emoção ao jogo
O terceiro set começou com Federer mais agressivo nos retornos de saque. O suíço teve um break point no segundo game, mas jogou fora a chance quando falhou em uma direita. No sexto game, uma dupla falta de Nole deu outra oportunidade de quebra para Federer. Um rali espetacular, com 23 rebatidas, acabou com outra direita errada do suíço. Outro rali, pouco depois, terminou com 26 golpes e uma esquerda indefensável do hexacampeão. Djokovic se salvou quando o oponente mandou uma esquerda longa.
No nono game, foi a vez de Federer errar duas direitas e ter de encarar um break point. O suíço, porém, encaixou um bom primeiro saque que Djokovic devolveu para fora. Dois ótimos serviços depois, o número 3 confirmou e fez 5/4. O suíço manteve o bom momento e disparou dois winners para abrir o décimo game. Quando Nole errou um smash, deu dois set points ao hexacampeão. O número 1 salvou o primeiro, mas não evitou o segundo. Federer fez uma ótima subida à rede e, com um smash, fechou a parcial em 6/4.
No início do quarto set, Djokovic ainda parecia abalado pelo erro bobo no fim da parcial anterior. Aparentemente desconcentrado, o sérvio cometeu seguidos erros e perdeu o serviço já no segundo game. Federer viu o caminho aberto para a vitória e não vacilou. Abriu 3/0 em seguida e não olhou para trás. Nole ainda lutou e salvou três break points no sexto game, mas jamais voltou a ameaçar o serviço do hexacampeão.
globoesporte.com
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