Na noite desta segunda-feira, o presidente Marcelo Guimarães Filho foi entrevistado pela Rádio Metrópole e comentou sobre contratações, o elenco e o atual momento que o clube passa. MGF afirmou que o mercado está muito difícil e revelou que espera que Falcão encontre uma solução com o grupo atual, sem necessidade de novos jogadores.
“O grupo é muito bom. É um grupo que merece o respeito da direção, da própria torcida e sei que eles tem esse respeito. Ganhamos o Baiano. É claro que não é parâmetro para o Brasileiro, mas é um grupo muito aguerrido”, iniciou.
“O mercado está difícil. Não é uma coisa simples achar jogador, inclusive porque no Brasil muitos agentes se envolvem e precisa dar dinheiro a um, a outro. Mas é como eu disse. O Bahia está sempre no mercado. Tenho certeza que, se a gente conseguir ajustar o time com esse grupo que está aí, a gente pode ter um time competitivo”, completou.
MGF comparou o elenco ao de 2011 e disse que, salvo algumas peças como Dodô e Paulo Miranda, o time está melhor. Para ele, o clube acertou mais do que errou no ano passado e em 2012 manteve peças como Lomba, Titi e Fahel, que também custaram muito ao clube.
“Ano passado, o mercado estava muito mais aquecido. Tínhamos acabado de fechar um contrato com a Rede Globo. Houve uma ingestão no mercado. Este ano não está acontecendo isso. Estamos encontrando dificuldades. E, mais: tem muitos clubes com orçamento maiores do que o do Bahia e estão passando dificuldades financeiras até maiores”, justificou.
Veja outros temas levantados na entrevista:
Zé Roberto:
“A contratação do Zé Roberto, por exemplo, se você pegar os jornais, você vê que até o Vitória queria o jogador. É um atleta muito bom. Podem ter certeza de que a gente sabe do que está fazendo. Temos foco e tenho certeza que nem de longe brigaremos para não cair em 2012.”
“Fiquei satisfeito com o julgamento e quero parabenizar nosso jurídico, Dr. Paulo Reis e o Ismerim (Ademir), nosso vice-presidente. Agora é tentar que, em três jogos, o restante da pena seja pago em cestas básicas para que ele possa voltar antes”.
Conversas com Angioni e Falcão:
“Não é porque estamos passando por um momento ruim. Eu converso com eles quase que diariamente. Muito mais com Angioni, mas também falo com Falcão. Amanhã vou almoçar com ele. É preciso que haja esse ajuste tático e o Falcão vai encontrar, assim como encontrou em algum momento no Campeonato Baiano. E alguns jogadores que estão fora, precisam voltar. Nestes últimos jogos estávamos jogando com lateral improvisado”.
“Angioni tem viajado o necessário e mais, hoje com internet fica tudo mais fácil. A gente tem trabalhado muito. Hoje fiquei reunido de 9 da manhã até o almoço. Estamos trabalhando. Falamos no telefone diariamente. Mas há realmente dificuldades orçamentárias, financeiras e de jogadores disponíveis. Não tem muito atleta disponível com essa qualidade comprovada no mercado”.
Mais sobre o Mercado:
“Não é fácil contratar jogador no mercado do futebol brasileiro. Às vezes é tanta gente envolvida, procurador, pai de jogador, tem que dar dinheiro para um, tem que dar dinheiro para outro, e então não é fácil. O Corinthians por exemplo contratou Romarinho do Bragantino, jogador que é uma aposta. Isso só comprova que o mercado não está fácil, por conta muito dessa quantidade de envolvidos. Tudo isso emperra. O torcedor pensa que é simples”.
O que espera do Bahia no Campeonato:
“Tenho certeza que vamos fazer um campeonato à altura da nossa história. Ontem teve uma mudança de um tempo para o outro, a entrada de um atacante mudou o jogo. Não quero falar do jogador, estou falando da postura tática. Mudamos e o time começou a melhorar.”
Cobranças do Torcedor:
“As cobranças são naturais. Eu entendo. Há 30 dias o torcedor estava eufórico, carregando esses mesmos jogadores e comemorando o Campeonato Baiano. Nós vencemos o campeonato porque tivemos merecimento o tempo inteiro. Aquela bola do Conquista só entrou porque merecemos. Nenhum clube é campeão por um jogo só. Fizemos 9 pontos na frente e tivemos o melhor ataque da competição”.
“O torcedor tem que entender o contexto. É preciso enxergar a evolução do clube nos últimos três anos. Em dezembro desse ano eu falei que o Bahia estava preparado para ser campeão baiano. Não fomos campeões com as calças na mão. Tínhamos 9 pontos e o melhor ataque. Na Copa do Brasil chegamos entre os 8 melhores, coisa que o Bahia não fazia há muito tempo. Agora estamos disputando o Brasileiro e ano que vem vamos ser campeões baianos de novo. As coisas acontecem em sequência”.
Negociações:
“O Marcos (lateral direito) é um bom jogador, sem dúvida nenhuma. É um excelente garoto. Mas a gente tem o Madson, que quero apostar muito neste jogador. Não está na pauta trazer o Marcos, não. Mas o Bahia está no mercado tanto para chegada como para saída de jogadores.”
“A política não é sempre ser 50%. O Bahia tinha Filipe com 50%, tem Ávine com 50% e outros. Mas como eu disse. Estamos no mercado e se chegar alguém querendo porcentagem, podemos também negociar. Nada impede. Nenhum jogador do Bahia é inegociável”.
“Hugo não. Liedson não. Douglas não. Estamos trabalhando e é possível essa semana surgir algo”.
Venda do volante Filipe:
“Fizemos um negócio com o maior grupo empresarial do mundo, isso é importante para o Bahia abrir o mercado. Essa negociação do Filipe faz o Bahia voltar ao mercado do futebol. Há três anos, ninguém sabia que o Bahia tinha jogador. Agora o Brasil e o mundo sabe. E já temos um número que é um parâmetro. Dois milhões. E se vendemos um, podemos vender outro”.
Troca de treinador:
Tudo é como se perde e se ganha. Uma coisa é perder de 1 e outra é de 7. Mas isso não vai acontecer.
Salários:
“O Bahia está com alguns dias atrasado. Mas vamos pagar esta semana, se tudo correr bem, se Deus quiser vai ocorrer”.
Novo CT:
“Está indo bem. Acessem o ecbahia.com, que é um site independente, e lá tem as fotos. Está caminhando”.
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