De um lado, seis títulos em nove finais já disputadas. Do outro, a primeira final em dez participações. Assim, com históricos bastante desiguais, Boca Juniors e Corinthians iniciam às 21h50 (de Brasília) desta quarta-feira, em La Bombonera, a primeira metade da decisão da Copa Libertadores de 2012.
Se o time de Buenos Aires é o segundo maior vencedor do torneio, atrás apenas do também argentino Independiente, que tem sete títulos, a equipe brasileira entrará em campo credenciada pelo momento atual: os comandados do técnico Tite não perderam uma partida sequer até aqui e tem a defesa menos vazada, com apenas três gols sofridos em dez partidas.
“Vou dar a minha vida por esse jogo, pode ter certeza. A gente vai ver o que o Tite vai preparar, mas Corinthians entra em campo para vencer em qualquer campo, mesmo em La Bombonera. Fazemos parte de um time que mantém uma forma de jogar e que leva poucos gols. Quarta-feira a gente mostra”, confia o zagueiro Leandro Castán, um dos pilares do eficiente setor defensivo do Timão.
E essa é, de novo, a aposta para manter em aberto a decisão até o jogo de volta na semana que vem. Não sofrer gol e consequentemente voltar invicto da Argentina seria um grande passo rumo à inédita conquista, uma vez que, no Pacaembu, o time só teve a rede balançada na semifinal, pelo craque santista Neymar, possivelmente o maior destaque em atuação no futebol sul-americano hoje em dia.
Só se defender, porém, não basta. Tite não abre mão da formação com três homens de frente, ainda que um deles, Danilo, seja um meia improvisado. O esquema funcionou no jogo de ida contra o Santos, na Vila Belmiro, quando Emerson garantiu a vitória por 1 a 0. O atacante não esteve em campo na segunda semifinal por estar suspenso e volta a atuar nesta quarta-feira, na Bombonera.
E para ligar a defesa ao ataque, o nome é Alex. Mesmo sem brilhar como nos tempos de Internacional, é um dos jogadores mais experientes do elenco. Com a camisa colorada, foi campeão da Libertadores de 2006 e fez parte da equipe que eliminou o Boca das quartas de final da Sul-americana de 2008, sob comando de Tite, anotando os dois gols do primeiro jogo (2 a 0, no Beira-Rio) e um do segundo (2 a 1, na Bombonera), quando Riquelme descontou.
Riquelme que ainda é, por sua vez, a grande esperança xeneize. O veterano armador carregou o Boca na conquista de três edições da Libertadores (2000, 2001 e 2007), sendo a primeira e a última diante de brasileiros: Palmeiras e Grêmio, respectivamente. Motivado em ganhá-la pela quarta vez, o 10 argentino já avisou que esta é sua última final da competição.
Disputando sua décima final de Libertadores e em busca do sétimo título, o Boca repetirá a formação que segurou o empate por 0 a 0 diante da Universidad do Chile nas semifinais, contando com o ex-corintiano Santiago Silva como esperança de gols no setor ofensivo. “Não temos motivo para mudar, porque trabalhamos forte e alcançamos um objetivo com essa escalação, esse espírito. Temos um bom retrospecto em Libertadores, mas só saberemos o vencedor dentro de campo”, pontuou o técnico Julio César Falcioni.
O único desfalque por lesão segue sendo o zagueiro Insaurralde, que sofreu uma entorse no tornozelo esquerdo e deu espaço para Caruzzo, companheiro do experiente Schiavi. O atacante Cvitanich, que começou a Libertadores como titular, é nome certo no banco de reservas e já renovou o empréstimo junto ao Ajax por um mês, apenas para participar do segundo jogo da final, no Pacaembu.
gazetaesportiva.net
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