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segunda-feira, 18 de junho de 2012

Com Sanchez como 'testemunha', Itaquerão recebe casamento coletivo

Com a presença do ex-presidente Andrés Sanchez, principal articulador da construção doestádio do Corinthians, palco do jogo de abertura da Copa do Mundo de 2014, as dependências do Itaquerão receberam um casamento coletivo na manhã deste domingo.
A meta anunciada pelos organizadores antes doevento era unir oficialmente 62 casais, nos quais o homem ou a mulher trabalham nas obras do estádio (há apenas um caso em que ambos são funcionários). A iniciativa foi da construtora Odebrecht, que já realizou casamentos coletivos anteriores em obras no Maranhão e em Pernambuco.
“As pessoas se juntam e passam a morar sob o mesmo teto, mas por uma série de motivos não formalizam essa união. Nada mais justo do que trazer a família para dentro da nossa obra”, afirmou Domingos de Araújo, gerente administrativo financeiro da construtora e idealizador do casamento no Itaquerão.
Frederico Barbosa, gerente de operações da construtora responsável pelo empreendimento, resolveu participar ativamente da cerimônia ao lado dos funcionários. “São 30 anos de casamento e estamos aproveitando para renovar os nossos votos”, explicou o executivo.
A cerimônia religiosa, antecedida pela união civil, foi realizada dentro da quadra de grama sintética que abriga as peladas dos funcionários. O casamento não teve o glamour com o qual todas as noivas certamente sonharam, mas deixou Andrés Sanchez satisfeito.
“A construção do estádio por si só já é gratificante, mas essas ações sociais que a construtora e o Corinthians vêm fazendo nos orgulham mais ainda e mostram que o Brasil ainda está longe de oferecer cidadania à população. Se nesse país ainda tem gente que nasce e não é registrada, imagine os casamentos”, disse o ex-presidente.
Sem o tradicional atraso, as noivas chegaram ao lado dos demais convidados e precisaram levantar os próprios vestidos para evitar a sujeira do piso de asfalto molhado recentemente. Acostumado com casamentos coletivos, o padre Sílvio Souza aprovou a iniciativa.
“A oficialização da união civil e religiosa faz com que haja um comprometimento do casal e aumenta as sua responsabilidades, mesmo para os que já têm filhos grandes. É uma forma de fazer com que eles fiquem ainda mais unidos”, afirmou o padre, que se disse corintiano.
O evento terminou com a festa dos recém-casados, boa parte ao lado dos respectivos filhos. Com garrafas pet de refrigerante no lugar de bebidas alcoólicas, os cônjuges e seus convidados brindaram a união em copos de plástico enquanto o chão tremia pela ação das máquinas da obra.
Fonte:gazetaesportiva

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