Bonita, jovem, de família estruturada, inteligente, com uma bela profissão. A dentista Ingrid Calheiros poderia escolher namorar quem quisesse. Mas quis o destino que, em 2006, ela se envolvesse com o goleiro Bruno, que chegava ao Flamengo. Quatro anos depois, o mundo de Ingrid ruiu ao ver o amado ser acusado e preso pelo assassinato da ex-amante Eliza Samúdio.
A vida confortável que a morena tinha ao lado do jogador se transformou radicalmente. Hoje, trabalha para manter a rotina de viagens ao Presídio Nelson Hungria, em Contagem (MG), e para ajudar a família do noivo, que perdeu todo o patrimônio para advogados.
Após quase dois anos evitando a imprensa a todo custo, Ingrid resolveu quebrar o silêncio. Nessa entrevista exclusiva ao jornal MAIS, a mulher do goleiro preso revelou tudo sobre o relacionamento com Bruno, o dia a dia dele na cadeia, a amizade do atleta com Macarrão e, é claro, o amor do jogador pelo Flamengo. Ingrid detalha também como foi o primeiro contato com o amado na cadeia e faz uma revelação:
- Ele passou 40 dias sem ver ninguém. Resolvi ir lá. Eu precisava vê-lo, pois se acontecesse alguma coisa eu não iria me perdoar. O Vitinho (amigo) colocou ele de costas e falou que eu não quis visitá-lo. O Bruno começou a chorar, eu cheguei e tapei o olho dele. Foi uma choradeira danada. Eu fui querendo uma explicação e acabei não querendo mais nenhuma. Não era justo com ele naquela situação. Só chorávamos. Foi aí que ele me falou que tentou se matar duas vezes. Na primeira, tentou cortar os pulsos, tem até a marca. Na outra, fez uma teresa, pulou, mas ela arrebentou - detalha, emocionada.
'BRUNO ERA MUITO MULHERENGO'
O desaparecimento de Eliza Samúdio trouxe à tona a tumultuada vida amorosa de Bruno. O goleiro era casado oficialmente com Dayanne Rodrigues, mãe de suas duas filhas; teve um caso com Eliza, que resultou na gravidez da moça; vivia um romance com Fernanda, que também foi presa na época do crime e depois libertada; e era namorado de Ingrid.
Apesar de tantos relacionamentos, a dentista só descobriu as puladas de cerca do amado depois do crime:
- Eu descobri muita coisa pela TV. Fiquei pensando que vivi um conto de fadas, mas, na verdade, não vivi nada. Não acreditava no que falavam.
Sincera, ela admite que o noivo não era muito certinho:
- O Bruno é uma ótima pessoa, mas era mulherengo demais. Não sei que horas ele fazia isso. Eu estava sempre com ele. Mas ele arrumava tempo.
BATE-BOLA
Ingrid Calheiros
Noiva de Bruno
O que a sua família acha do seu relacionamento?
É sempre muito difícil para a família, pois eu sou a única que falta nas fotografias. No início foi tudo muito difícil, passei três semanas fora de casa, cada dia dormia na casa de uma amiga, dormi no carro. Meu pai sempre dizia: ‘Você só sai daqui por cima de mim’. Então eu saí de casa. Meu pai gostava muito do Bruno, só que ele não viu a mudança dele na prisão. Ele não queria aquilo para a filha dele. Até que encontrei minha mãe na igreja e ela me pediu para voltar para casa. Meu pai não queria me aceitar de volta. Mas minha mãe disse que eu voltaria. Ele aceitou se eu não voltasse mais na prisão. Minha mãe falou: “A metade da casa é minha, então ela vai ficar na minha metade”. Meu pai teve de me aceitar, teve de me entender. Mas, graças a Deus, hoje em dia temos o melhor relacionamento possível. Além do total apoio, não faço absolutamente nada antes de consultá-lo.
Como são as visitas, você tem algum privilégio?
Tem de ver como é que é, eles amassam a comida toda, é muita tristeza. As vezes eu tenho que me relacionar com algumas daquelas mulheres, é complicado. Não tenho nenhum tipo de privilégio, pelo contrário. Eu entro na fila e as mulheres sempre me colocam mais atrás, é muito sofrimento. Já vi muita coisa na porta daquele presídio. Já vi uma mulher ser morta na porta. Ela vendia senha lá na frente.
Como você faz para ir até lá, já que são muitas horas de viagem, né?
Na maioria das vezes eu vou sozinha. A mãe dele vai pouco, tem uma tia que vai às vezes. Vou de 15 em 15 dias. Mas quando dá, vou toda semana. De carro, são cinco horas. As senhas são distribuídas às 4h da manhã, mas tem de chegar com antecedência. Chego às 22h, passo a noite lá, pego a senha e depois vou para a casa da mãe dele para pegar comida. É longe, a casa dela fica em Belo Horizonte e o presídio é em Contagem. Começam a chamar por volta das 8h, mas eu só chego nele às 11h. De sábado para domingo é mais tranquilo. Eu o encontro em uma cela individual, uma vez por mês e passamos a noite lá. Dá uma sensação ruim quando ouço o barulho dos cadeados, às 17h e só posso sair às 14h do dia seguinte. Mas me seguro.
Fonte:osgalaticos
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