A edição desta terça-feira do jornal A Tarde traz uma bela surpresa ao torcedor do Bahia. Cinco meses após o craque argentino Lionel Messi, melhor jogador do mundo pela Fifa, exibir o mando do Esquadrão em Barcelona durante visita do ex-zagueiro João Marcelo, campeão brasileiro de 1988, agora é a vez de o meia Francesco Totti, ídolo (e quase mito) da Roma aparecer de tricolor
A situação aconteceu graças a viagem do jornalista Daniel Dórea, setorista azul, vermelho e branco no jornal, cujo pai é italiano e torcedor "giallorosso", à capital italiana. De férias, o repórter deu uma camisa do Esquadrão a Totti, mas com um grande detalhe: ela estava autografada pelo técnico Paulo Roberto Falcão, dono de status semelhante nos anos 1980.
Confira trecho da reportagem:
`“É um jogadoraço. Tem uma capacidade enorme de fazer gols e servir seus companheiros”, define Falcão. Ele assinou os mantos tricolores na última quinta, à beira da piscina do hotel onde está hospedado, em Busca Vida. Dois dias depois, ao receber o presente em Trigoria, Totti devolveu a gentileza: “(Falcão) era um grande jogador. Lembrar de suas partidas me traz sentimentos belíssimos”, diz o "Capitano", que dá seu parecer: “Ele é o oitavo rei de Roma”. Não era você? “Que nada. Eu sou um dos sete anões”, brinca. Falcão tenta encerrar o assunto: “Reis mesmo são os sete verdadeiros, que fizeram muito mais do que a gente”. Então, o treinador não gosta do apelido? “Acho maravilhoso, mas exagerado, como tudo no futebol”, conclui.
De olho no Esquadrão
Discussão à parte, o fato é que Totti é fã de Falcão, algo que lhe tem feito buscar notícias sobre um certo tricolor pouco conhecido na Europa. “Ouvi falar do Bahia não só por causa de Falcão. Conheço em geral… mas me diga: o Bahia ganhou o dérbi com Cerezo?”. Ao saber da derrota no Barradão, o craque lamenta, mas comemora a liderança folgada no Baianão e aposta no êxito de Falcão: “Ele tem as potencialidades pra alcançar o sucesso. Desejo boa sorte”.
O comandante do Esquadrão, que passou férias na Bahia, também fala sobre a ‘versão trabalho’ da Boa Terra. “Estou bem aqui, feliz mesmo. O Bahia precisa dar uma encorpada, mas estamos no caminho”, acredita ele, que, instigado a comentar sobre o que acharia de, no futuro, treinar a Roma, escorrega: “Não faço planos. Nunca imaginei que iria um dia treinar o Bahia. Estou vivendo a vida”.
Do outro lado, Totti pensa na Bahia apenas como um possível destino de verão. Jogar, impossível. “A este ponto da minha carreira (36 anos), não me vejo jogando em mais nenhum time que não seja a Roma. Agora, a Bahia é um lugar que quero conhecer em breve. Aldair (zagueiro ilheense que atuou com Totti no clube giallorosso) esteve aqui faz 20 dias e me disse para visitá-lo. Quem sabe?”. Pode estar próximo um encontro de reis na Roma Negra.
ecbahia.com
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