O questionamento em torno do trabalho da arbitragem acontece desde que o futebol é futebol. Da criação do impedimento, passando pela introdução dos cartões até o fim do recuo da bola para o goleiro, a regra do jogo tenta se aperfeiçoar e facilitar o trabalho de quem comanda o espetáculo em pontos culminantes. Sem ser usada como fator de interferência, a tecnologia tem dificultado a vida dos árbitros, que sofrem com a repetição exaustiva de lances polêmicos. A procura por maneiras para diminuir esse impacto levou o presidente da Comissão de Arbitragem de Futebol do Rio de Janeiro (Coaf-RJ), Jorge Rabello, a incluir os árbitros assistentes adicionais na escala.
Em julho deste ano, a escalação desses dois árbitros pode se tornar regra. A International Board vai se reunir no dia 3 de março na Inglaterra para colher dados dos estudos feitos em campeonatos no Brasil e na Europa, como a Liga dos Campeões, para atualizar seus membros sobre a questão. No dia 2 de julho, em Kiev, na Ucrânia, decidirá se aprova o experimento e passa a torná-lo parte obrigatória do jogo a partir de 2013.
- Ainda não foram usados em competição da Fifa. A Uefa usou em 2009 e 2010 em torneios de seleções de base e, desde o ano passado, algumas competições puderam fazer o experimento oficialmente. Agora, haverá uma decisão sobre a inclusão desses assistentes na regra, já visando a Copa do Mundo de 2014.
Comentarista da SporTV, Leonardo Gaciba chegou a participar do primeiro experiemento da Fifa, em 2007, ainda sem ser utilizado em competições. Ele não acredita que os árbitros adicionais possam se tornar parte da regra tão rapidamente. Na Eurocopa deste ano, que termina no dia 1 de julho, eles serão testados pela primeira vez numa competição de seleções na categoria profissional.
- Eles precisam ser testados em alto nível para saber se vale o investimento como um todo. O pessoal está aprendendo ainda, é um experimento mesmo. Não tem padronização, tanto que a International Board mudou o lado desses árbitros agora. Se houver um entrosamento, fica bom, mas para acontecer isso com um assistente, são 50 ou 60 partidas. Muitas vezes, o árbitro vai trabalhar com o adicional uma vez. Pensa da seguinte forma: como o jogador se sentiria com dois a mais em campo? - questionou Gaciba.
globoesporte.com
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