A julgar pelo o que fizeram juntos como jogadores Toninho Cerezo e Paulo Robert Falcão, o clássico deste domingo promete não apenas ser apenas o BaVi da Paz, mas um espetáculo digno de resgatar a tradição do futebol -arte.
A partida que será disputada no estádio do Pituaçu, a partir das 17h, marca o reencontro de dois ídolos de uma geração que marcou época no futebol mundial: a Seleção Brasileira da Copa da Espanha em 1982. Passados 30 anos, aquele timaço comandado por Telê Santana, que tinha craques como Sócrates, Zico e Júnior, resiste ao ostracismo, apesar de não ter faturado o caneco.
"Somos muito amigos. O Paulo é um cara que merece ser feliz por tudo que fez pelo futebol e pelo cara que é. Tenho certeza que ele vai ser muito feliz aqui. Eu sou, então porque ele não vai ser?", disse Cerezo, que comanda o Vitória desde o início da temporada e deu as boas vindas ao ex-companheiro, com quem também atuou pela Roma, da Itália, entre 1983 e 1985.
"É um parceiraço. Jogamos juntos na Copa de 82 e depois eu estava no Roma e ele foi jogar conosco. É sem dúvida, um grande amigo e uma grande figura. A gente nunca vai ser inimigo, apenas adversário. O Toninho é mesmo muito amigo. É um irmão", retribuiu Falcão, na entrevista coletiva concedida no início da semana, por conta de sua chegada para substituir Joel Santana no comando do Tricolor.
Os clubes resolveram entrar no clima de troca de gentilezas e apelidaram o clássico deste domingo de BaVi da Paz, numa resposta ao ambiente hostil que a população baiana viveu nos últimos 11 dias de greve da Polícia Militar, encerrada neste sábado.
Os torcedores foram convidados a pintarem a arquibancada de branco, mas os clubes não fizeram nenhuma promoção para incentivar quem vestir a cor da paz e o preço dos ingressos é o mesmo pra todo mundo: R$ 60 a cadeira e R$ 30 a arquicancada. Mesmo assim a venda de ingressos superou as expectativas e até às 17h deste sábado já haviam sido negociadas 19 mil das 32.157 entradas colocadas à disposição dos torcedores.
Bahia e Vitória farão o duelo de número 425. E se o Bahia leva vantagem ao longo da história do clássico - 165 triunfos, 125 empates e 134 derrotas -, nos jogos disputados no Pituaçu, a vantagem é rubro-negra, com sete vitórias, três derrotas e um empate.
O retrospecto não conta muito quando o assunto é BaVi e nem mesmo a campanha dos dois times no Baianão 2012 serve para apontar um favorito: O Bahia vem embalado por cinco triunfos seguidos e é o vice-líder com 16 pontos, quatro a mais que o Vitória, terceiro colocado.
Dentro de campo, outro duelo será pela artilharia. Neto Baiano soma 9 tentos e é o maior goleador do Brasíl na temporada, mas Souza não deixa por menos e em apenas quatro partidas que participou balançou as redes 7 vezes.
A novidade do Bahia será o retorno do lateral Coelho, poupado do triunfo sobre o Vitória da Conquista. Fabinho também está de volta ao meio-campo e estão vetados o goleiro Marcelo Lomba, o lateral Ávine e os meias Jéferson e Lulinha contundidos.
Já o Vitória deverá promover a estreia do volante Robston e a volta do atacante Marquinhos, cuja última partida foi no dia 4 de novembro, na goleada por 5 a 1 sobre o Salgueiro, quando sofreu uma lesão muscular e ele acabou fazendo falta ao Vitória na reta de chegada da Série B. Giovanni, recuperado de lesão no joelho esquerdo, também foi relacionado.
galaticosonline.com
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