No maior clássico do vôlei mundial, não existe essa história de jogo simples. Rivais nas últimas sete finais de Superliga, Osasco e Rio de Janeiro mediram forças mais uma vez na manhã deste sábado, em partida que teve grandes lances, reviravoltas e até apagão no ginásio. Como se não bastasse, estava em jogo a liderança do campeonato. E para a tristeza da torcida fanática que lotou o ginásio José Liberati, no interior paulista, o prêmio ficou com as visitantes. A equipe carioca perdeu o primeiro set, mas se impôs e arrancou a vitória de virada por 3 a 1, com parciais de 17/25, 25/21, 27/25 e 25/23.
Com isso, o Rio continua no topo da Superliga feminina. O time de Bernardinho tem agora dez vitórias consecutivas na competição, contra apenas uma derrota. Osasco já perdeu três vezes e continua perseguindo seu maior rival.
Com as centrais em manhã inspirada e Adenízia puxando a fila, Osasco abriu boa vantagem no início do primeiro set. O torcedor empurrava o time, e se o Rio de Janeiro não conseguia freá-lo, a missão coube ao sistema de iluminação do ginásio José Liberati. Quando o time da casa vencia por 11/6, um apagão paralisou a partida por 15 minutos.
Quando a luz voltou e a bola subiu de novo, Osasco continuou voando. Fez dois pontos seguidos, viu o Rio responder com dois e manteve o bom ritmo. Mari não conseguia se encontrar em quadra pelo time carioca, e com dois erros seguidos dela – um golpe de vista em bola que caiu dentro e um ataque equivocado – a diferença no placar pulou para 20/14. O estrago estava feito para o Rio de Janeiro, que não conseguiu reagir. No último ponto da parcial, Jaqueline chegou a errar a recepção, mas se recuperou com um lindo ataque em diagonal para fechar em 25/17.
Rio acorda no segundo set
Na volta para o segundo set, o time de Bernardinho acordou e fez 4/1. Osasco encostou e, com um bloqueio de Adenízia, empatou em 6/6. A virada veio em seguida com Jaqueline, que fazia grande partida. Ainda assim, o Rio conseguiu manter o placar equilibrado até 10/10, e aí deslanchou. O apagão da vez não foi no sistema de iluminação, e sim no time da casa. As visitantes aproveitaram e fizeram o placar pular para 16/10.
A parada serviu para Osasco colocar a cabeça no lugar e fazer três pontos seguidos. Aí foi Bernardinho que parou o jogo. O Rio conseguiu abrir boa vantagem, mas o time da casa não se entregava. Quando cortou para 23/20, o técnico da equipe carioca quis conversar de novo. E foi o bastante para manter o controle e fechar o set em 25/21.
O equilíbrio deu o tom à terceira parcial. Nenhum dos dois times conseguia abrir vantagem até o empate em 16/16. Foi aí que o time da casa deslanchou. Com cinco pontos seguidos do Osasco, o placar pulou para 21/16, para delírio da torcida. Então foi a vez de o Rio de Janeiro engrenar sua sequência, cortando para 21/19. Os gritos nas arquibancadas ficavam cada vez mais altos, mas as visitantes não se entregavam de jeito nenhum. Salvaram dois set points e viraram para 26/25 com um bloqueio de Sheilla. Na sequência, em outro bloqueio, desta vez pelas mãos de Mari, o time carioca fechou em 27/25 e virou o jogo para 2 a 1.
O quarto set começou equilibrado, com os times se revezando na liderança do placar. Na metade da parcial, o Rio conseguiu abrir vantagem e fez 15/11. A diferença no placar, no entanto, era apenas uma ilusão. O equilíbrio logo voltou à quadra, e assim foi até o fim. O Rio ainda abriu dois pontos com 23/21, Osasco cortou, mas as visitantes voltaram a abrir dois com 24/22, chegando ao match point. O saque foi para fora, mas Samara devolveu a gentileza e sacou na rede, para tristeza da torcida. Com 25/23, o Rio fechou o quarto set e o jogo.
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