O título já era da Rússia, e o dever de casa italiano bem feito colocou o Brasil sob pressão. Dentro de quadra, a seleção teve a paciência necessária para furar a defesa japonesa e, comandada por Giba – que chegou a pedir moderação a Bernardinho nas broncas -, venceu por 3 set a 0, em parciais de 25/21, 25/19 e 25/22. O resultado fez a equipe somar 24 pontos e, nos critérios de desempate, terminar a Copa do Mundo na terceira posição. Pouco para o time favorito e campeão nas duas últimas edições, mas o suficiente para carimbar o passaporte para os Jogos de Londres-2012.
Satisfeito com a mudança de postura na véspera, Bernardinho optou por escalar Bruninho no lugar de Marlon. O início em quadra, porém, não foi dos melhores, e o Japão abriu 2 a 0. Com Sidão pelo meio e Vissotto na bola de segurança, a seleção assumiu a ponta. O técnico Tatsuya Ueta parou a partida, mas a pausa deu gás ao time verde e amarelo, que chegou com 16/12 à segunda parada técnica. Giba foi infeliz em dois lances, mas Murilo e Vissotto ampliaram a vantagem para seis pontos. Quando o saque japonês ameaçou preocupar, o treinador brasileiro parou o jogo. A equipe precisou de paciência para passar pelos rallys, e Giba fez 25/21 com um belo ataque na diagonal.
No segundo set, o primeiro ponto foi do Brasil, mas uma série de bloqueios simples deixou o Japão com 4/1 no marcador. Bernardinho deu a bronca, mas a defesa nipônica ainda segurou a vantagem por algum tempo. O empate temporário veio em um bloqueio de Lucão, mas Fukuzawa e Shimizu, sempre em jogadas de velocidade, trataram de recuperar a dianteira. Quando os rivais alcançaram 14/10, o treinador brasileiro gastou o segundo tempo técnico.
No retorno à quadra, Bernardinho reclamou mesmo com o ponto a favor do Brasil. Giba assumiu o papel de líder e pediu moderação ao treinador nos comentários. Théo, que entrou com Marlon na inversão, fez três pontos decisivos, dois deles no bloqueio. Com potência e técnica no ataque, uma defesa espetacular e um grande serviço, Giba levantou o grupo e confirmou a virada. O placar, que antes era de 19/17 a favor do time nipônico, foi fechado pelo ponteiro em 25/19.
A terceira parcial começou com o Brasil na frente, com Murilo e Sidão de alternando nos pontos. Do outro lado, Shimizu evitou que o placar deslanchasse logo de cara. Aos poucos, porém, o time da casa foi cedendo. Bruninho, em boa partida, rodou a bola e fez todos os atacantes pontuarem. Um erro da arbitragem deu um ponto de graça ao Japão, que marcou outro na sequência e encurtou a desvantagem para dois pontos. A partida ganhou contornos emocionantes, Sidão mostrou eficiência junto à rede, e Lucão carimbou o passaporte do grupo: 25/22.
fonte:globoesporte.com
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