sábado, 31 de dezembro de 2011

Em novo percurso, Marílson busca o tetra para igualar Brasil e Quênia

O percurso da São Silvestre mudou para 2011, mas o desafio do tricampeão Marílson Gomes dos Santos e outros atletas brasileiros de conter os favoritos quenianos e outros africanos permanece para a 87ª edição da Corrida, realizada neste sábado. A partir das 17h30 (horário de Brasília) deste sábado, o atleta busca o quarto título na tradicional prova paulistana para aumentar seu recorde e deixar Brasil e Quênia empatados com 12 títulos do evento masculino.
Marílson é o maior vencedor brasileiro da fase internacional da São Silvestre, com três títulos, 2003, 2005 e 2010, mas o recordista da prova ainda é o queniano Paul Tergat. O atleta africano venceu cinco vezes, em 1995, 1996, 1998, 1999 e 2000, e também é dono do melhor tempo: 43min12s, estabelecido em sua primeira vitória na cidade.
"O Quênia tem corredores de ponta e são favoritos em todas as corridas pelo mundo. Dessa vez não será diferente. Chegar próximos deles e até vencer é um motivo de orgulho para os brasileiros, que sempre rivalizam de igual para igual com os africanos", avalia Marílson.
Para conquistar o tetracampeonato, Marílson terá que se adaptar à mudança do percurso da São Silvestre. Entre as alterações, a principal é o local de chegada da prova, que deixa de ser na Avenida Paulista e passa a ocorrer na Pedro Álvares Cabral, em frente ao Obelisco do Ibirapuera, onde estão os restos mortais de Cásper Líbero, criador da disputa.
A medida foi tomada para garantir aos atletas segurança, melhores condições de entrega de medalhas, lanches e atendimento médico, além de evitar o encontro de corredores com o público da festa do Réveillon, na Avenida Paulista.
Fernando Dantas/Gazeta Press
Tricampeão da Maratona de Londres, Martin Lel é principal africano
"Eu conhecia muito bem o trajeto antigo, era uma vantagem que eu tinha e que agora não terei. Mas o importante é estar bem. Não adianta conhecer as rotas de fuga e não estar em boas condições para correr. Se a mudança der mais conforto para quem for participar, é válida. Torço para que a São Silvestre tenha o mesmo sucesso dos anos anteriores", afirma Marílson.
Em 2011, o principal atleta estrangeiro na corrida é o queniano Martin Lel, tricampeão da Maratona de Londres e duas vezes vencedor da de Nova York. Ele correu em São Paulo em 2003, ano da primeira vitória de Marílson, e ficou com a terceira colocação. Agora, retorna em busca do título.
"O Brasil evoluiu tecnicamente e, mesmo com nossa equipe completa, é difícil de derrotar os corredores quando competem em casa", diz Lel. Os outros africanos na elite da São Silvestre são os quenianos Duncan Kibet, Mathew Kisorio, Barnabas Kosgei, Mark Korir e o etíope Tariku Bekele, irmão mais novo do recordista mundial e campeão olímpico dos 5 mil e 10 mil metros, Kenenisa Bekele.
Entre as mulheres, que largam 20 minutos antes, às 17h10, o desafio de frear as estrangeiras é ainda mais complicado. A última atleta nacional a vencer em casa foi Lucélia Peres, em 2006, e o time de atletas internacionais está forte. Uma das principais candidatas ao título é a queniana Eunice Kirwa, tricampeã da Meia Maratona de São Paulo e terceira colocada no ano passado.
gazetaesportiva.net

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