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quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

ARTILHARIA do Intermunicipal 2011 – Marcelo Cardoso

Marcelo Cardoso é um homem de família. Casado, o artilheiro do Intermunicipal 2011 também tem um filho de 13 anos, o Marcelo Wendell, que ainda neste ano despertou o interesse do Bahia e, mais recentemente, foi convidado a ir jogar numa escolinha no Rio de Janeiro.

“O único ‘problema’, na verdade, é que eu queria que ele fosse atacante como o pai, mas o pessoal o viu jogando lá como volante e aí chamou a atenção dessa forma. Mas o essencial é gostar do que está fazendo, não em que posição atua”, confessa.

Daqui a uma semana vai comemorar 34 anos. Marcelo não nasceu em Salvador no dia 19 de dezembro, foi escalado. Logo se mudou para Maragojipe, de onde vêm seus ancestrais e com 19 anos incompletos já jogava pela seleção de sua cidade.

Em 1997, o sotero-marago-mutitibano representou o município que, em agosto de 2011, lhe daria o título de Cidadão Muritibano. Depois disso, passou pelas ligas Sanfelipense, Sanfelixta, Santamarense. Em 2002, com a camisa da seleção de Valença, também foi o artilheiro do certame, porém seu troféu até hoje não pôde vir buscar.

Intermunicipal 2011

O goleador já passou por muitas estradas baianas, mas não pode ficar longe de casa. Em 2010, no Estádio Toca do Gaiamum, ajudou Porto Seguro a levar o troféu ao sul da Bahia. A distância era muito longa.

Aceitou o convite da Liga Desportiva Luzense para essa temporada porque julgou ser, sobretudo, melhor e mais prático por residir tão perto dali, na região do sisal.

Seus primeiros dois gols foram feitos no primeiro domingo de agosto, no estádio Milton Góes. Um no finalzinho da 1ª metade do jogo, outro pouco depois de voltar para a 2ª. Seu colega, Fábio, faria o fechamento do placar: Santaluz 3x0 Biritinga.

Divulgada a artilharia na semana seguinte, seu nome apareceria em 17º lugar, muitíssimo abaixo do de Givanildo, do Irecê, que tinha feito 3 e liderava esse ranking.

No fim da 1ª fase, já estava entre os 10 primeiros, com seus 5 gols. Deu aula de futebol (humildemente) ao selecionado de Paulo Afonso, com 2 gols naquele 6 a 0.

Ainda assim eram só 5 gols, 4 a menos que Luzinho, do Barreiras. Isso não durou tanto tempo assim.

Na 2ª fase, depois de uma vitória suada sobre Feira de Santana por 4 a 3 no dia 18 de setembro, Marcelo dividiria com seu irmão de equipe, Eri, os aplausos da goleada que deram no dia 21, em Mata de São João, que ainda contou com gol inicial de Toto.
Marcelo continuou surpreendendo positivamente não só ao treinador João Carlos Cordeiro como a todos os seus colegas e fãs. Foi o herói no duelo contra um dos atuais semifinalistas, Crisópolis. Se não tivesse espírito esportivo, poderia afirmar sem injustiça que o placar de 3 a 1 a favor dos luzenses tinha seu nome escrito todo nele: os 3 gols foram só seus, todos no 1º tempo.

Desde a 10ª rodada tatuou seu nome no topo das artilharias, semana após semana, turno após turno.

Algumas dificuldades apareceram para ele e seus irmãos luzenses, mas olhando para tudo o que passou, Marcelo pôde dizer que, “Com todo o respeito às outras equipes, mas as partidas mais difíceis foram as da Semi-final contra Valente”, entretanto, ainda mantendo o decoro em não depreciar nenhum outro grupo, elegeu a defesa do São Francisco do Conde como a que mais lhe deu trabalho.

Futuro

Tendo um emprego como “máquina de gols”, o artilheiro afirmou que ainda não pode ser muito assertivo com relação ao seu próximo lar nos gramados, todavia poderia dar preferência a continuar em Santaluz pois, mais uma vez, é mais prático pela vida familiar e por manter uma união fraternal com os outros componentes do time.

Marcelo sustenta sua prole literalmente com muito suor, dando alegria aos fãs do futebol, mas não pretende se profissionalizar por conta de experiências “não tão boas” no passado. “Acho que falta muito mais apoio aos atletas que começam a se profissionalizar, por isso que não penso em jogar nessa categoria”.

Seu objetivo maior é, sim, continuar fazendo os goleiros adversários sofrerem, mas o grande foco é mesmo o bem-estar e o desenvolvimento de Marcelo Wendell. “Quero dar a ele tudo o que eu não tive, além das coisas materiais, as oportunidades também. Não sei se ele vai seguir carreira no esporte, mas vou investir sempre no futuro dele. Quero que ele faça uma boa faculdade e tudo mais”.

fbfweb.org

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