domingo, 13 de novembro de 2011

Dedé brilha de novo, Vasco derrota o Botafogo e segue na cola do Timão

dede vasco gol botafogo (Foto: André Portugal / Fotocom.net)
O Vasco entrou em campo mais uma vez turbinado pela visita do técnico Ricardo Gomes. E de novo surtiu efeito. O time foi superior no clássico deste domingo e venceu por 2 a 0 o Botafogo, no Engenhão, empatando em número de pontos com o líder Corinthians na tabela de classificação do Campeonato Brasileiro. Ambos somam 61, mas os cariocas levam a pior no número de vitórias: 17 contra 18. Fellipe Bastos e Dedé - mais uma vez - marcaram os gols da partida, um em cada tempo, que ainda teve um pênalti perdido por Diego Souza.
A segunda derrota seguida - e a quarta nas últimas cinco rodadas - fez o Botafogo estacionar nos 55 pontos e cair para a quinta posição. Foi o primeiro revés alvinegro e o primeiro triunfo cruz-maltino em um clássico neste nacional. As duas equipes voltam a campo na próxima quarta-feira. O Botafogo vai até Sete Lagoas para encarar o América-MG, às 20h30m (de Brasília). Logo depois, às 21h50m, o Vasco enfrenta o Palmeiras, no Pacaembu.
Esta foi a terceira vez que Ricardo Gomes entrou em contato com o elenco desde que se recuperou do AVC (acidente vascular recebral) sofrido em agosto. Já havia dado um telefonema antes da vitória por 2 a 0 sobre o Atlético-MG e visitado a concentração antes da goleada por 5 a 2 sobre o Universitario-PER, assim como fez nesse sábado.
O interino Cristóvão Borges surpreendeu na escalação, deixando Juninho Pernambucano, Elton e Alecsandro na reserva. Recheou o meio-campo com volantes - Rômulo, Allan e Fellipe Bastos - e deixou Diego Souza e Eder Luis formando um ataque rápido. Foi a fórmula que deu certo na vitória sobre o Bahia, fora de casa, três rodadas atrás. No outro lado, Caio Júnior contou com todos os seus titulares, incluindo Loco Abreu, de volta da seleção uruguaia, e Elkeson, recuperado de uma tendinite no joelho direito.
Contra-ataque, gol e pênalti perdido
Os primeiros minutos da partida deram a impressão de que a opção vascaína havia sido equivocada. Com calma e passes rápidos, o Botafogo começou sufocando e teve duas boas chances para abrir o placar com Herrera e Elkeson antes mesmo dos dez minutos.
Aos poucos, no entanto, o Vasco encaixou a marcação e começou a levar muito perigo nos contra-ataques. Logo no primeiro deles, Fellipe Bastos balançou a rede alvinegra. Allan deu ótimo passe na direita para Eder Luis, que tinha Diego Souza e Rômulo como opções no meio da área. O passe saiu errado, mas encontrou Bastos na corrida. O chute saiu seco e rasteiro. Diego Souza, em impedimento, pulou sobre a bola na frente de Jefferson, mas o bandeirinha validou o lance.
O gol abateu o Botafogo. À beira do campo, Caio Júnior tentava orientar seus jogadores em vão. Em outra bobeada, novo contra-ataque e quase o segundo gol do Vasco. Após tabelinha com Fágner, Diego Souza, livre na marca o pênalti, chutou por cima do gol. Errando muitos passes e insistindo nas jogadas aéreas para Loco Abreu, o Alvinegro esbarrava em mais uma atuação segura de Dedé e quase não assustava Fernando Prass.
Marcando a saída de bola do adversário, o Vasco dominava as ações da partida sem dificuldade. E teve outra ótima chance de ampliar antes do intervalo, em um momento de trapalhada da defesa do Botafogo. Diego Souza recebeu a bola em profundidade, mas perdeu na corrida para Antônio Carlos. O zagueiro, no entanto, deu um leve toque na bola e enganou Jefferson, que derrubou o apoiador vascaíno. Pênalti. Diego pegou a bola e repetiu o estilo da cobrança bem executada diante do Universitário-PER, pela Copa Sul-Americana, com corrida lenta e olhando para o goleiro. Ele só não esperava que Jefferson tivesse visto o lance pela TV. Resultado: chute fraco, defesa tranquila e jogo aberto.

Dedé, sempre ele, resolve outra vez

O segundo tempo começou como se ainda fosse o primeiro: Botafogo perdido e Vasco soberano. Não demorou muito para que a vantagem fosse ampliada. Eder Luis já havia perdido outra boa chance quando Dedé voltou a brilhar no ataque. Jefferson acabara de realizar um milagre em uma finalização de canela do zagueiro Renato Silva, quando o ídolo da torcida vascaína roubou a bola, driblou Elkeson e tocou para Rômulo. O volante abriu para Fellipe Bastos na esquerda, e o cruzamento encontrou a cabeça de Dedé, que aproveitou o erro de marcação de Cortês para colocar 2 a 0 no placar. Foi o terceiro gol na semana do zagueiro-artilheiro, que marcou dois sobre o Universitario-PER.
Quando tinha a bola, o Botafogo não sabia o que fazer com ela. A falta de objetividade alvinegra levava o goleiro Fernando Prass a ser um mero espectador. Com a chuva forte que caía sobre o Engenhão àquela altura, só restava ao Vasco esperar o tempo passar. O volante Rômulo ainda deu mais emoção à vitória ao ser expulso aos 31 minutos da etapa final, por supostamente xingar o juiz Antônio Carvalho Schneider.
Nem mesmo a vantagem numérica foi suficiente para o Botafogo assustar. Com calma, o Vasco seguiu com a posse de bola e esperou apenas o apito final. De sua casa, Ricardo Gomes provavelmente sorriu. Trabalho bem feito mais uma vez.

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